lunes, 25 de febrero de 2019

Deixe um postalinho com os seus segredos no metro de Lisboa


Há caixas de correio instaladas na Linha Verde do metro – pelo menos até ao final de Fevereiro. O público é convidado a expressar as suas ideias, depositando-as de forma directa e secreta; o carteiro fotografa-as e partilha com o mundo em formato digital.
MAx Provenzano, artista visual, instalou caixas de correio nas estações de metro de Martim Moniz, Intendente, Anjos e Alameda, eixo privilegiado para o reconhecimento e expressão da multi e da interculturalidade. O projecto U-mailART é um misto de instalação e performance, procurando criar um sistema de comunicação, do correio tradicional ao formato digital.
“Trabalho com arte conceptual e performativa, saí da Venezuela e fui para o México, por causa de um projecto colaborativo, com o artista e curador Pancho López. Mudei-me recentemente para Lisboa e estou a adaptar-me outra vez a um novo país, sou imigrante e sinto-me estrangeiro”, conta à Time Out Max Provenzano. “Queria conhecer Lisboa através da experiência de pessoas de outros lugares, como é o caso de quem vive perto destas quatro estações da linha verde.”

MAx Provenzano pretende gerar uma interacção entre as pessoas em trânsito e as suas ideias, fotografadas e partilhadas em formato digital “no correio do correio”. Na Alameda, um anónimo deixou uma factura do metro e um papel em cujo verso se lê “Conta não paga segurança”; um outro participante, João Robalo, assinou postais como “Cartas de Esperança”. No Intendente, Max encontrou uma pen com fotografias, uma caneta e um conjunto de slides.

O projecto encontra-se agora na primeira de duas fases. Durante o mês de Fevereiro, o público é convidado a deixar mensagens ou objectos, que Max Provenzano recolhe todos os dias. “Vou tentar que as caixas fiquem mais tempo”, conta. Numa fase posterior, o artista venezuelano irá elaborar um trabalho visual, que inclui gravações da sua performance como carteiro. Parte do festival Next Stop, a decorrer em Março, será projectado como uma peça de arte no Metropolitano de Lisboa.

Fuente Timeout Lisboa 

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